UM OITO DE MARÇO SEM PACIÊNCIA.

Oito de março, final de tarde, quase noite. A temperatura caiu bastante nos últimos dias. Neste momento entra pela porta da sacada uma brisa fresquinha daquelas típicas que marcam a transição do verão para o outono. O céu indeciso, não sabe se mostra o esplendor do seu azul para coroar esse final de tarde, ou se deixa as nuvens se derramarem em chuva. O final de tarde é muito bonito no interior. Os pássaros fazem algazarra antes de se recolher. Maritacas, bem-te-vis, andorinhas, garças. Estou buscando inspirações externas para escrever. Não venho aqui desde o final de janeiro. As vezes o caminhar da vida nos tira a vontade de falar. Faz parte. Hoje é o dia internacional das mulheres e estou sem mínima vontade de falar sobre. Estamos vivendo tempos de exacerbação e estou com zero paciência para militâncias. Há momentos em que precisamos nos voltar para dentro e está tudo bem. Se dermos conta de nós mesmas, de nos superarmos, já estamos fazendo muito pela humanidade. Sou uma mulher de quarenta anos que trava muitas batalhas internas para superar frustrações, limitações, defeitos, mas também sonhos. Sou também uma mulher que reconhece seus feitos, seus valores e virtudes. Gostaria de dizer que estamos todas na mesma luta, mas as batalhas são individuais. Nossas dores podem ser as mesmas, mas são únicas. Dói diferente em cada uma de nós. O caminho da cura é tortuoso e solitário. Por hora, desejo força à todas! Fiquem bem, pois é bem difícil mudar o mundo quando não damos conta de nós mesmas.

Com carinho!

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